Manter o bem-estar psicológico é essencial para uma vida equilibrada e saudável. Não obstante, segundo dados publicados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), entre 2004 e 2009, observou-se um aumento de cerca de 25% no consumo de ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos, deixando Portugal acima da média dos países do grupo económico europeu.

A ansiedade pode ser definida como uma emoção que se refere ao futuro, caracterizada por perceções de incontrolabilidade e imprevisibilidade sobre situações bastantes aversivas (Barlow, 2002). Não obstante, a ansiedade também pode surgir em situações ditas normais do quotidiano. Assim, tal como defende Seco et al. (2012) a ansiedade nem sempre é uma dificuldade ou um problema, na medida em que permite, por exemplo, que o indivíduo se foque numa tarefa. No entanto, quando os níveis de ansiedade são elevados, poderá conduzir a quadros patológicos e comprometer a qualidade de vida do indivíduo.

Entre os diversos tipos de ansiedade, a ansiedade face às avaliações apresenta uma grande prevalência no Ensino Superior (Borralha, 2012). No entanto, após a pandemia Covid-19, os níveis de ansiedade dos estudantes do Ensino Superior aumentaram (Campos et al., 2021; Chang et al., 2021). Desta forma, numa perspetiva de prevenção, torna-se de extrema importância capacitar todos estudantes da Universidade Aberta (UAb) de modo que consigam implementar estratégias de redução dos níveis de ansiedade na sua vida pessoal, mas também em situações académicas, incluindo os momentos de avaliação.